Publicado 21/04/2022 15:07 | Atualizado 21/04/2022 18:18
Rio - Condenado a oito anos e nove meses de prisão, além da cassação do mandato e a suspensão dos direitos políticos, em julgamento realizado na quarta-feira (20) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) tem seu futuro posto em dúvida e sua situação ainda provoca uma série de questionamentos que esbarram na própria Constituição Federal.
Após a maioria decidir pela severa punição pelos crimes de coação no curso do processo, ameaça à abolição do Estado democrático de Direito, potencializado pelos ataques aos STF e seus ministros, o resultado do julgamento será enviado à Câmara dos Deputados. Devido ao desgaste de Silveira, a expectativa é de que o plenário respeite o entendimento tomado tribunal.
De toda forma, o parlamentar bolsonarista não será preso imediatamente, pois ainda pode recorrer da decisão do colegiado ao STF. A data para julgamento do recurso não está definida. Portanto, até que a Mesa Diretora da Câmara formalize o pedido do STF, o deputado pode continuar exercendo a função.
De acordo com a definição do Inciso VI do Artigo 55 da Constituição, "perderá o mandato o deputado ou senador que sofrer condenação em sentença transitada em julgado". Em razão do foro especial, a condenação está em instância definitiva. Portanto, o trânsito em julgado se dará em breve, e, mesmo que a defesa do parlamentar recorra, o STF pretende dar um desfecho rápido para o caso.
O mandato de Daniel Silveira termina em janeiro de 2023. A Câmara dos Deputados, que tem a prerrogativa de cassar o mandato de Silveira, só iniciaria o trâmite depois que a ação tramitar em julgado e não houver mais possibilidade de recurso.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.